quinta-feira, 2 de abril de 2009

CONTOS E FABULAS

Lebre e a Tartaruga


Um dia, uma Lebre ridicularizou as pernas curtas e a lentidão da Tartaruga. A Tartaruga sorriu e disse: "Pensa você ser rápida como o vento; Mas Eu a venceria numa corrida." xxxxA Lebre claro, considerou sua afirmação algo impossível, e aceitou o desafio. Convidaram então a Raposa, para servir de juiz, escolher o trajeto e o ponto de chegada. E no dia marcado, do ponto inicial, partiram juntos. A Tartaruga, com seu passo lento, mas firme, determinada, em momento algum, parou de caminhar. Mas a Lebre, confiante de sua velocidade, despreocupada com a corrida, deitou à margem da estrada para um rápido cochilo. Ao despertar, embora corresse o mais rápido que pudesse, não mais conseguiu alcançar a Tartaruga, que já cruzara a linha de chegada, e agora descansava tranqüila num canto.
Autor: Esopo
Moral da História: Ao trabalhador que realiza seu trabalho com zelo e persistência, sempre o êxito o espera.

A Serpente e a Lima

Uma serpente, ao entrar no local de trabalho de um ferreiro, procurou ali em meio às ferramentas, alguma coisa capaz de matar sua fome. Ela dirigiu-se então à uma Lima (ferramenta usada para polir ou desbastar metais ou objetos duros ), e perguntou-lhe gentilmente se esta não lhe poderia dar comida. A lima respondeu: “Você deve ser muito boba minha amiga, se espera obter de mim alguma coisa, logo eu, que sou acostumada a sempre tirar dos outros, e nunca lhes devolver nada.”
Autor: Esopo
Moral da História: Os avarentos são péssimos doadores.

A Formiga e a Pomba

Uma Formiga foi à margem do rio para beber água, e sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar. Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água observando a tudo, arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da mesma. Subindo na folha a Formiga flutua em segurança até a margem. Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, oculto pelas folhas da árvore, se prepara para capturar a Pomba, colocando visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o perigo. A Formiga, percebendo sua intenção, dá-lhe uma ferroada no pé. Do susto, ele deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a Pomba desperte e voe para longe, a salvo.
Autor: Esopo
Moral da História: Quem é grato de coração, sempre encontrará uma oportunidade para demonstrar sua gratidão.

O Lavrador e a Serpente

Uma Serpente, tendo feito sua toca perto da entrada de uma cabana, deu uma mordida no filho menor do Lavrador que ali morava, e este veio a falecer, causando grande angústia e aflição aos seus pais. O Pai da criança resolveu então matar a serpente. No dia seguinte, quando ela saiu do buraco em busca de alimento, ele desferiu-lhe um golpe com seu machado. Mas, na ânsia de acertar com um só golpe antes que ela escapasse, errou a cabeça, e cortou apenas a ponta da sua cauda. Depois de algum tempo, o camponês, com medo de também ser atacado pela serpente, resolveu fazer as pazes, e para agradá-la, deixou perto do buraco, uma porção de pão e sal. A Serpente então disse: "Doravante, não pode existir paz entre nós, pois sempre que eu ver você, lembrarei da minha cauda cortada, enquanto que, sempre que você me ver, lembrará da morte do seu filho."
Autor: Esopo
Moral da História: É muito difícil esquecermos das injúrias sofridas na presença dos seus causadores.

O Cachorro e Sua Sombra

Um cachorro, que carregava na boca um pedaço de carne, ao cruzar uma ponte sobre um riacho, vê sua imagem refletida na água. Diante disso, ele logo imagina que se trata de outro cachorro, com um pedaço de carne maior que o seu. Então, ele deixa cair no riacho o pedaço que carrega, e ferozmente se lança sobre o animal refletido na água, para tomar a porção de carne que julga ser maior que a sua. Agindo assim ele perdeu a ambos. Aquele que tentou pegar na água, por se tratar de um simples reflexo, e o seu próprio, uma vez que ao largá-lo nas águas, a correnteza levou para longe.
Autor: Esopo
Moral da História: É um tolo e duas vezes imprudente, aquele que desiste do certo pelo duvidoso.
O Leão e os Tres Touros

Três touros, amigos desde longa data, pastavam juntos e tranqüilos no campo. Um Leão, escondido no mato, espreitava-os na esperança de fazer deles seu jantar, mas receava atacá-los enquanto estivessem em grupo. Finalmente, por meio de ardilosas e traiçoeiras palavras, ele conseguiu criar entre eles a discórdia e separá-los. Assim, tão logo eles pastavam sozinhos, atacou-os sem medo algum, e um após outro, foram sendo devorados sempre que sentia fome.
Autor: Esopo
Moral da História: União é força.

O Gato e o Galo

Um gato, ao capturar um galo, ficou imaginando como achar uma desculpa, qualquer que fosse, para justificar o seu desejo de devorá-lo. Acusou ele então de causar aborrecimentos aos homens, já que cantava à noite e não deixava ninguém dormir. O galo se defendeu dizendo que fazia isso em benefício dos homens, e assim eles podiam acordar cedo para não perder a hora do trabalho. O gato respondeu; "Apesar de você ter uma boa desculpa eu não posso ficar sem jantar." E assim comeu o galo.
Autor: Esopo
Moral da História: Quem é mau caráter, sempre vai achar uma desculpa para tornar legítimas suas ações.

O Lobo e a Ovelha

Um lobo, muito ferido devido às várias mordidas de cachorros, repousava doente e bastante debilitado em sua toca. Como estava com fome, ele chamou uma ovelha que ia passando ali perto, e pediu-lhe para trazer um pouco da água de um regato que corria ao lado dela. Assim, falou o lobo, se você me trouxer água, eu ficarei em condições de conseguir meu próprio alimento. Claro, respondeu a ovelha, se eu levar água para você, sem dúvida eu serei esse alimento.
Autor: Esopo
Moral da História: Um hipócrita não consegue disfarçar suas verdadeiras intenções, apesar das palavras gentis.

O Galo e a Pedra Preciosa

Um Galo, que procurava no terreiro alimento para ele e suas galinhas, acaba por encontrar uma pedra preciosa de grande beleza e valor. Mas, depois de observá-la por um instante, comenta desolado: Se ao invés de mim, teu dono tivesse te encontrado, ele decerto não iria se conter diante de tamanha alegria, e é quase certo que iria te colocar em lugar digno de adoração. No entanto, eu te achei e de nada me serves. Antes disso, preferia ter encontrado um simples grão de milho, ao invés de todas as jóias do Mundo!
Autor: Esopo
Moral da História: A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.

A Mulher e sua Galinha

Uma mulher possuía uma galinha, que todos os dias sem falta, botava um ovo. xxxxxxxxEla então pensava consigo mesma, como poderia fazer para obter, ao invés de um, dois ovos por dia. Assim, disposta a atingir seu objetivo, decidiu alimentar a galinha com uma porção de ração em dobro. A partir daquele dia, a galinha tornou-se gorda e preguiçosa, e nunca mais botou nenhum ovo.
Autor: Esopo
Moral da História: O Ganancioso, cedo ou tarde, acaba por se tornar vítima de sua própria ganância.

O Leão, o Urso e a Raposa

Um Leão e um Urso capturaram um cervo, e em feroz luta, disputavam pelo direito de posse da presa. Após terem lutado bastante, cansados e feridos, eles cairam no chão completamente exaustos. Uma Raposa, que estava nas redondezas, à uma distância segura observando a tudo quieta, e vendo ambos caidos no chão e o cervo abandonado ali perto, passou correndo entre os dois, e de um bote agarrou-o com a boca e desapareceu no meio do mato. xxxxO Leão e o Urso vendo aquilo, mas incapazes de impedir, disseram: Ai de nós, que nos ferimos um ao outro apenas para garantir o jantar da Raposa!
Autor: Esopo

Moral da História: Algumas vezes acontece de alguém fazer todo trabalho pesado, e outro levar todo o lucro.

A VERDADE



Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como seu próprio nome. E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas. Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada. Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante. — Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola. — Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu a amargurada Parábola. — Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece. Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.

Moral
Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles preferem-na disfarçada.

O LENHADOR E A RAPOSA

Um lenhador acordava todos os dias às 6 horas da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um filho lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bichano de estimação e de sua total confiança. Todos os dias, o lenhador — que era viúvo — ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa ficava feliz com a sua chegada.
Sistematicamente, os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um animal selvagem, e, portanto, não era confiável. Quando sentisse fome comeria a criança. O lenhador dizia que isso era uma grande bobagem, pois a raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam: Lenhador, abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando ela sentir fome vai devorar seu filho!
Um dia, o lenhador, exausto do trabalho e cansado desses comentários, chegou à casa e viu a raposa sorrindo como sempre, com a boca totalmente ensangüentada. O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, deu uma machadada na cabeça da raposa. A raposinha morreu instantaneamente.
Desesperado, entrou correndo no quarto. Encontrou seu filho no berço, dormindo tranqüilamente, e, ao lado do berço, uma enorme cobra morta.

BOM CORAÇÃO

No tempo do Buda vivia uma velha mendiga chamada Confiando na Alegria. Ela observava os reis, príncipes e o povo em geral fazendo oferendas ao Buda e a seus discípulos, e não havia nada que quisesse mais do que poder fazer o mesmo. Saiu então pedindo esmolas, mas, no fim do dia não havia conseguido mais do que uma moedinha.
Levou a moedinha ao mercado para tentar trocá-la por algum óleo, mas o vendedor lhe disse que aquilo não dava para comprar nada. Entretanto, quando soube que ela queria fazer uma oferenda ao Buda, encheu-se de pena e deu-lhe o óleo que queria. A mendiga foi para o mosteiro e acendeu a lâmpada. Colocou-a diante do Buda e fez o seguinte pedido: — Nada tenho a oferecer senão esta pequena lâmpada. Mas, com esta oferenda, possa eu no futuro ser abençoada com a Lâmpada da Sabedoria. Possa eu libertar todos os seres das suas trevas, purificar todos os seus obscurecimentos e levá-los à Iluminação.
Durante a noite, o óleo de todas as lâmpadas havia acabado. Mas a lâmpada da mendiga ainda queimava na alvorada, quando Maudgalyayana — o discípulo do Buda — chegou para recolher as lâmpadas. Ao ver aquela única lâmpada ainda brilhando, cheia de óleo e com pavio novo, pensou: 'Não há razão para que essa lâmpada continue ainda queimando durante o dia', e tentou apagar a chama com os dedos, mas foi inútil. Tentou abafá-la com suas vestes, mas ela ainda ardia. O Buda, que o observava há algum tempo, disse: — Maudgalyayana: você quer apagar essa lâmpada? Não vai conseguir. Não conseguiria nem movê-la daí, que dirá apagá-la. Se jogasse nela toda a água dos oceanos, ainda assim não adiantaria. A água de todos os rios e lagos do mundo não poderia extinguir esta chama. — Por que não? — Perguntou o discípulo de Buda.
— Porque ela foi oferecida com devoção e com pureza de coração e de mente. Essa motivação produziu um enorme benefício.
Quando o Buda terminou de falar, a mendiga se aproximou e ele profetizou que no futuro ela se tornaria um Perfeito Buda e seria conhecido como Luz da Lâmpada.
*
Em tudo, o nosso sentimento é o que importa. A intenção, boa ou má, influencia diretamente nossa vida no futuro. Qualquer ação, por mais simples que seja, se feita com coração, produz benefícios na vida das pessoas.

O Leão Apaixonado

Um Leão pediu a filha de um lenhador em casamento. O Pai, contrariado por não poder negar, já que o temia, viu também na ocasião, um excelente modo de livrar-se de vez do problema. Ele disse que concordaria em tê-lo como genro, mas com uma condição; Este deveria deixar-lhe arrancar suas unhas e dentes, pois sua filha tinha muito medo dessas coisas. Feliz da vida o Leão concordou. Feito isso, ele tornou a fazer seu pedido, mas o lenhador, que já não mais o temia, pegou um cajado e expulsou-o de sua casa, o que o fez retornar para a floresta.
Autor: EsopoMoral da História: Todos os problemas, quando examinados de perto, acabam por revelar sua solução.

A Mula

Uma mula, sempre folgada, por não trabalhar e ainda assim ganhar generosas quantidades de milho como ração, vivia orgulhosa dentro do curral. Era toda vaidosa, e comportava-se como se fosse o mais importante animal do grupo. E confiante, falava consigo mesma: Meu pai com certeza foi um grande e Belo Raça Pura. Fico orgulhosa por ter herdado todo seu espírito, graciosidade, resistência e beleza. Pouco tempo depois, ao ser levada a uma longa marcha, como um simples animal de carga, cansada de tanto caminhar, exclama desconsolada: Talvez tenha cometido um erro de avaliação. Meu pai, pode Ter sido apenas um simples Burro de carga. Autor: Esopo

Moral da História: Ao desejar ser aquilo que não somos, estamos plantando dentro de nós a semente da frustração

O Corvo e o Coelho

Um corvo estava sentado em um ramo, descansando. Um coelho viu o corvo e perguntou:"Posso me sentar aí também, e passar o dia sem fazer nada?""Claro, por que não?" respondeu o corvo.Então, o coelho sentou-se no galho da árvore, descansando. De repente apareceu uma raposa que atirou-se sobre o coelho e o comeu. Moral da História: Quem quiser passar o dia sem fazer nada, deve assegurar-se de que está numa posição alta o bastante.

A MOSCA


Uma mosca caiu numa panela de sopa. Afogada no caldo e já quase morrendo, ela disse para si mesma: “Se já comi, já bebi e já tomei um banho, que me importa morrer?”
Moral: Suportamos a morte com mais facilidade quando a ela não associamos pensamentos tristes.


A RAPOSA E A MÁSCARA


Uma raposa entrou na casa de um ator. Ficou mexendo em suas coisas e encontrou uma máscara muito bem feita. Tomou-a entre as patas e exclamou: “Que bela cabeça, mas é oca!”
Moral: O mesmo se pode dizer das pessoas belas mas sem inteligência.


A GALINHA DOS OVOS DE OURO


Um homem tinha uma galinha que botava ovos de ouro. Achando que por dentro ela era só ouro, matou-a, mas não encontrou nada de diferente.
Moral: Cuidado com a ambição. Contenta-te com o que já tens.


O TOURO E AS CABRAS SELVAGENS
Perseguido por um leão, um touro se escondeu numa gruta onde estavam algumas cabras selvagens. Elas, então, começaram a lhe dar chifradas. O touro lhes disse: “ Se eu suporto seus golpes é porque tenho medo, não de vocês, mas daquele que está na entrada da gruta.”

Moral: O medo de um grande mal nos ajuda a suportar um mal menor.

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